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O câncer de estômago é o quarto mais frequente em homens e o sexto em mulheres, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Também chamado de câncer gástrico, é mais comum entre 60 e 70 anos, mas tem aumentado entre pessoas mais jovens.

A boa notícia é que, quando diagnosticado no início, as chances de cura podem ultrapassar 90%. O desafio está no fato de que a doença, na maioria das vezes, não causa sintomas nas fases iniciais.

O que causa o câncer de estômago?

Diversos fatores aumentam o risco de desenvolver o câncer gástrico. Entre eles:

  • Alimentação rica em sal, embutidos e alimentos processados;
  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
  • Histórico familiar da doença;
  • Infecção pela bactéria Helicobacter pylori;
  • Obesidade e sedentarismo.

A infecção por H. pylori é um dos fatores mais importantes. Ela provoca uma inflamação crônica na mucosa do estômago, que pode evoluir para lesões pré-cancerosas. Quando diagnosticada, deve ser tratada com antibióticos e medicamentos que reduzem a acidez gástrica.

Sintomas que merecem atenção

Nos estágios iniciais, o câncer de estômago costuma ser silencioso. Quando surgem sintomas, eles podem incluir:

  • Sensação de estômago cheio após comer pequenas porções;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Dor ou desconforto abdominal persistente, principalmente na parte superior do abdômen;
  • Azia e refluxo frequentes, que não melhoram com remédios;
  • Náuseas e vômitos recorrentes;
  • Fezes muito escuras ou vômito com sangue, sinais de sangramento digestivo.

Se algum desses sintomas persistir por mais de algumas semanas, procure um médico gastroenterologista.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico precoce é o principal aliado. Quando a doença é detectada ainda no estômago, a taxa de sobrevida em cinco anos pode ultrapassar 95%.

O tratamento geralmente envolve cirurgia, com possibilidade de quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou terapia-alvo, conforme cada caso.

Nos estágios iniciais, a cura é possível e o paciente pode retomar a vida normalmente após o tratamento.

Como prevenir
Alguns hábitos simples ajudam a reduzir o risco:

  • Mantenha uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e fibras
  • Evite embutidos, defumados e alimentos com muito sal;
  • Não fume e modere o consumo de álcool;
  • Faça acompanhamento médico regular, especialmente se tiver histórico familiar ou sintomas persistentes;
  • Trate corretamente a infecção por H. pylori, quando diagnosticada.

Fique atento aos sinais

O câncer de estômago pode ser silencioso, mas seu corpo dá sinais. Desconfortos persistentes, perda de peso inexplicável e má digestão frequente merecem investigação médica. Se os sintomas persistirem, procure avaliação médica. A detecção precoce pode salvar vidas.

Dica Onkologica: Você sabia que uma endoscopia pode detectar alterações iniciais no estômago? Converse com seu médico e mantenha seus exames em dia.

(Essas informações não substituem a avaliação individual feita por um especialista.)

Dra. Juliana Lorenzoni Althoff

Diretora Técnica Médica – CRM 12765 | RQE 6239