A reposição hormonal é uma alternativa eficaz para aliviar os sintomas da menopausa, como ondas de calor, insônia, ressecamento vaginal e alterações de humor. No entanto, apesar dos benefícios, é fundamental entender os possíveis riscos envolvidos nesse tipo de tratamento, especialmente em relação ao câncer.
Qual a relação entre reposição hormonal e o câncer?
A terapia de reposição hormonal (TRH) geralmente utiliza estrogênio isolado ou combinado com progesterona. Essa combinação pode ter efeitos diferentes no organismo da mulher:
- Estrogênio isolado está associado ao aumento do risco de câncer de endométrio (camada interna do útero), principalmente em mulheres que ainda possuem útero e não fazem uso de progesterona como proteção.
- Estrogênio com progesterona, embora reduza o risco de câncer endometrial, tem sido relacionado ao aumento do risco de câncer de mama quando utilizado por mais de cinco anos consecutivos.
Então, a reposição hormonal deve ser evitada?
Não necessariamente. A decisão sobre iniciar ou não a TRH deve ser individualizada, considerando diversos fatores, como:
- Idade da mulher e tempo desde o início da menopausa
- Presença de sintomas intensos que afetam a qualidade de vida
- Histórico pessoal e familiar de câncer
- Avaliação de fatores de risco cardiovasculares e osteoporose
O acompanhamento médico é essencial. A escolha do tipo de hormônio, a via de administração (oral, transdérmica, vaginal) e a duração do tratamento devem ser feitas com segurança, sempre com monitoramento periódico.
Como reduzir os riscos?
Algumas medidas podem contribuir para o uso mais seguro da reposição hormonal:
- Realizar exames preventivos regularmente, como mamografia e ultrassonografia transvaginal
- Avaliar o histórico de saúde com um especialista antes de iniciar o tratamento
- Priorizar o uso por tempo limitado, apenas durante o período necessário
- Buscar alternativas não hormonais, quando possível
Na Onkologica, acreditamos que informação e acompanhamento especializado são aliados fundamentais na saúde da mulher. A reposição hormonal pode ser segura quando bem indicada e monitorada. Decisões como essa devem ser tomadas com consciência e orientação médica. Se você tem dúvidas ou está avaliando esse tipo de tratamento, conte com a nossa equipe para orientar e cuidar de você em cada etapa da sua jornada.
Dra. Juliana Lorenzoni Althoff
Diretora Técnica Médica – CRM 12765 | RQE 6239